O combustível de motores à jato (turbina) e água têm DENSIDADES similares, a água não se separa do combustível tão facilmente como acontece com Gasolina de aviação. Por esta razão, uma aeronave deve estar perfeitamente QUIETA, com nenhum combustível sendo acrescentado aos tanques, por aproximadamente 3(três) HORAS antes da drenagem dos reservatórios se água estiver para ser removida.
Embora motores à turbina não são tão críticos quanto motores com pistão em consideração à ingestão de água.
Nos motores à turbina, a água deve ser ainda removida periodicamente para impedir formação de FUNGOS e imprecisões induzidas por contaminação no sistema de medição de combustível.
Todos combustíveis de carboidratos contém alguma água dissolvida ou suspensa.
A quantidade de água contida no combustível depende da temperatura e do tipo de combustível.
Querosene, com seu conteúdo de [cadeia] aromática mais alto, tende a absorver e suspender mais água que Gasolina de aviação. Em adição à água, ela suspenderá ferrugem, fiapos de fibras e outros materiais estranhos por mais tempo.
Dado suficiente tempo, estes contaminantes supensos se depositarão na parte mais baixa do tanque de combustível.
O tempo de depósito de contaminantes estranhos para o Querosene é 5 vezes maior que o tempo para Gasolina de aviação. Por esta razão, combustíveis de jato [querosene] requeiram boas práticas de manuseio para assegurar que a aeronave esteja abastecida com combustível limpo.
Se os procedimentos de solo recomendados forem cuidadosamente seguidos, contaminantes sólidos se depositarão e água livre pode ser reduzida a 30 partes por milhão (ppm), um valor que é atualmente aceito pela maioria das empresas de linha aérea.
Desde que muita da matéria suspensa pode ser removida do combustível pelo tempo suficiente de depósito e filtração apropriada, tal material suspenso não é problema maior. Água dissolvida tem sido encontrada e é o maior problema de contaminação de combustível. Seus efeitos são multiplicados em aeronaves operando primariamente em REGIÕES ÚMIDAS e climas quentes.
Água dissolvida não pode ser filtrada do combustível pelos filtros do tipo micrônicos, mas pode ser liberaa pelo baixamento da temperatura do combustível, o qual ocorrerá em voo.
Por exemplo, combustível querosene pode conter 65 ppm (partes por milhão) ou sejam 65 X 29.6 mililitros = 1924 ml (quase 2 litros) por 1000 galões de água dissolvida a 26,6ºC. Quando a temperatura do combustível é baixada para -9,4ºC somente cerca de 25 ppm permanecerão na solução. A diferença de 40 ppm terá sido liberada como gotas de água super resfriada, as quais necessitam somente de um pedaço de contaminante sólido ou um choque de impacto para convertê-las em cristais de gelo.
Testes indicam que estas gotas de água não se depositarão durante o voo e são bombeadas livremente através do sistema. Se elas se tornarem cristais de gelo no TANQUE DE COMBUSTÍVEL, elas não se depositarão uma vez que a gravidade específica do gelo é aproximadamente igual àquela do querosene.
As 40 ppm de água suspensa parecem ser uma quantidade muito pequena, mas é o suficiente para congelar um filtro. Enquanto a faixa de temperatura crítica de combustível é de -17,7ºC a -6,6ºC a qual produz sistema de formação de gelo severo, gotas de água podem congelar em qualquer temperatura abaixo de -17,7ºC.
Mesmo se o combustível não contém água ou você drenou a água, há ainda a possibilidade de formação de gelo no combustível em temperaturas muito baixas.
As bactérias que causam tais contaminações vivem dentro dos sitemas que contém água/combustível e estes organismos vivos entram, ou via suprimento de combustível ou estão no ar. De qualquer modo, para viver e se desenvolver dentro dos tanques, a bactéria necessita de ÁGUA (da qual extrai o OXIGÊNIO).
Alguns exemplos de pesquisas de combustível contaminado feitas em aeronaves militares.